Cinema escrito

Luzes, câmara, acção!

terça-feira, dezembro 28, 2004

Regulamentos do Cinema adiados

Ficou adiada para o próximo executivo, a regulamentação da nova lei das artes cinematográficas, aprovada pelo Governo PSD-PP.
Alegando ser uma “questão de ética política”, esta decisão partiu da Ministra da Cultura, Maria João Bustorff, que continua a trabalhar os regulamentos.
Após a dissolução do Governo, a ministra convocou a Associação de Realizadores de Cinema e Audiovisual (ARCA) e a Associação de Produtores de Cinema (APC), aos quais assegurou que os regulamentos estariam concluídos em princípios de 2005. A nova lei terá um fundo de investimento, no qual colaborarão distribuidores, operadores, canais de televisão e entidades públicas e privadas. Assim, continua por definir qual o função do Estado neste projecto-base de apoio à produção de cinema comercial, bem como o orçamento para cinema experimental, do Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia (ICAM).



Fonte: Jornal PÚBLICO: 23/12/2004

Fantasporto 2005 – 25.º Festival Internacional do Porto

Irá decorrer entre 21 de Fevereiro e 7 de Março, o 25.º Festival Internacional do Porto sob a temática “Imaginário, Fantástico e Ficção Científica”, desafiando todos os que queiram conhecer novos formatos e modos de fazer cinema. No ano das suas bodas de prata, o maior evento cinematográfico português, apresentará uma mostra de 250 sessões, disponibilizando 2600 lugares por cada uma.
A edição do ano vindouro irá constar de diversas Retrospectivas, nomeadamente, do CINEMA INDIANO, destacando o Bollywood – cinema de Bombaim da década de 60/70; CINEMA ALEMÃO DO SÉCULO XXI; 25 ANOS DE FANTASPORTO, onde serão exibidos os filmes mais importantes e premiados; CHRISTOPHER LEE, um Rosto do Fantástico e ainda uma retrospectiva concernente aos realizadores japoneses do fantástico. Como habitualmente, terá uma secção oficial de competição, em que participarão curtas e longas-metragens no formato 35mm, sob a temática já referida.
No entanto, a inovação é a secção ORIENT EXPRESS, na qual será exposta uma amostra do mais recente cinema que se faz na Ásia, constando também de um Júri Internacional que avaliará as obras em concurso.

FANTAS promove cinema português e aposta nos jovens
O FANTASPORTO’2005 contará com a presença de um stand do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM), que sustentará uma amostragem do Novo Cinema Português, divulgando filmes em “vídeo à la carte”. Contudo, esta área será particularmente reservada a convocados estrangeiros e jornalistas.
Tendo em vista uma maior aproximação da camada juvenil a este tipo de actividades culturais, a edição deste ano desenvolverá actividades junto deste público, já que normalmente a sua presença é muito rara.
A música é uma outra aposta da organização, que apresentará vários espectáculos de música clássica, rock, jazz e mesmo música electrónica no AMC Arrábida 20 (V.N. Gaia). No Teatro Sá da Bandeira terá lugar a festa de encerramento do festival, que iniciará com o programa FANTAS EM SONS e culminará com o BAILE DOS VAMPIROS2005.

25 Anos de Fantástico
Como comemoração, o evento pretende editar um catálogo e um livro respeitante aos 25 anos da sua existência.
A obra de vários autores, “Contos Fantásticos” será também editada, assim como, as “Crónicas da Imagem” da autoria de Beatriz Pacheco Pereira. Do mesmo modo, será lançado um conjunto de DVD’s com filmes de culto do FANTASPORTO.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Produtora cinematográfica no norte do país

“Olho de Vidro”, é o nome da nova produtora portuguesa de cinema. Nascida com o propósito de desenvolvimento e alargamento desta arte, fundamentalmente a norte de Portugal, este projecto, com sede na Cidade Berço, ambiciona estimular o panorama cultural e económico da região, consciencializando para a realidade audiovisual.

Rodrigo Areias, de 26 anos, licenciado em Som e Imagem pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto) e formado em Realização Cinematográfica pela Tisch School of Arts da Universidade de Nova Iorque, dirige o conjunto de jovens que tem levado avante este projecto. Com uma significativa experiência no campo da sétima arte, Areias assina diversos documentários e contribuições com respeitados realizadores nacionais, nomeadamente Manoel de Oliveira e Edgar Pêra.

O primeiro filho da “Olho de Vidro” é uma longa-metragem inspirada no “Rei Édipo” de Sófocles. Areias, afirma que é uma versão reflexiva que aborda temas actuais e de um passado recente do nosso país. Nela é retratado o drama vivido por filhos de emigrantes portugueses, que nos finais dos anos 60 e inícios dos anos 70, vivem num estado de anomia, por não conhecerem a sua cultura-mãe e a do país que conhecem, mas do qual não fazem inteiramente parte.

Sem qualquer apoio financeiro por parte do Estado, o projecto conta com as participações dos actores David Almeida e Paula Guedes, estando ainda por confirmar a presença do também actor Nuno Melo. Grande parte do filme será gravado no norte do país, no entanto, determinadas cenas provavelmente serão rodadas em Paris e em Espanha. Além disto, a produção já tem uma banda sonora original, que estará a cargo de The Legendary Tiger Man, apoiado pela editora Valentim de Carvalho.

A nova produtora cinematográfica impulsionada pela editora Ninja Tune, tem ainda em mente um outro plano, produzir uma película para a
Cinematic Orchestra, numa co-produção entre Portugal, Reino Unido e França. De igual modo, também será rodada na zona nortenha do nosso país, e será distribuída mundialmente.

Fonte:
http://cinecartaz.publico.clix.pt/noticias.asp?id=119013

17ª Edição dos Prémios Europeus de Cinema distingue Eduardo Serra

No passado dia 11 deste mês teve lugar, em Barcelona, a 17ª edição dos “European Film Awards”.
O único português na corrida aos “óscares” do cinema europeu, Eduardo Serra, arrecadou o prémio na categoria de melhor Director de Fotografia, pelo seu trabalho no filme britânico “Rapariga com o Brinco de Pérola” de Peter Webber.
Distinguido, por duas vezes, no Festival Internacional de Cinema de Direcção de Fotografia na Polónia e com um prémio Bafta no currículo pelo seu trabalho em “Asas do Amor” (1997), Eduardo Serra consegue com este galardão o reconhecimento europeu com o filme de Webber. Com “ Rapariga com o Brinco de Pérola”, Serra conseguiu também mais uma nomeação para os Óscares deste ano, tendo sido a primeira com “ The Wings of Dove”, em 1997.
Nascido em Lisboa, Eduardo Serra completou, recentemente, 61 anos. Em 1963, foi para Paris onde estudou Cinema, Arqueologia e História da Arte. A sua primeira longa metragem foi “À Vendre”, de Christian Drillaud, em 1980, e a partir daí já fotografou cerca de 50 filmes. Já trabalhou, na Europa e nos Estados Unidos, com vários realizadores, dos quais se destacam José Fonseca e Costa, Claude Chabrol, M. Night Shyamalan ou Michael Winterbottom.
Nesta cerimónia, apresentada por Maria de Medeiros e Juanjo Puigcorbé, destacam-se o prémio de melhor filme europeu do ano atribuído ao alemão “Geden die Wand”, de Fatih Akin, o prémio de melhor realizador conquistado pelo espanhol Alejandro Aménabar, e o prémio de melhor actor concedido a Javier Barden, ambos com o filme “Mar Adentro”. Na categoria de melhor actriz a premiada foi Imelda Staunton pela sua participação em “Vera Drake”.
A decisão do público premiou, pelo segundo ano consecutivo, o alemão Daniel Brühl (o protagonista de “Adeus Lenine”) como melhor actor, pelo seu papel em “Was Nützt Die Liebe In Gedanken”, e a actriz espanhola Penélope Cruz como melhor actriz, com o filme italiano “Non Ti Muovere”. O filme “2046”, de Wong Karwai, conquistou o prémio de melhor filme não-europeu. O grande perdedor da noite foi Pedro Almodôvar que estava nomeado para cinco galardões com “Má Educação”, e não ganhou nenhum.
Para esta 17ª edição dos Prémios Europeus de Cinema estavam nomeados 44 filmes escolhidos pela Academia Europeia de Cinema que é presidida pelo realizador alemão Wim Wenders. Embora não tenham o prestígio do Festival de Cannes ou de Berlim, estes prémios são respeitados no meio porque a votação é feita pelos profissionais da academia europeia, à semelhança do que acontece em Hollywood.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Cinemas portugueses ajudam Amnistia Internacional

No passado dia 10 de Dezembro, aqueles que acorreram a algumas das salas de cinema espalhadas pelo país, contribuíram para a Amnistia Internacional. A iniciativa teve o apoio dos cinemas Millenium e Socorama.

A Secção Portuguesa da Amnistia Internacional lançou o desafio aos cidadãos nacionais. Uma simples ida ao cinema seria suficiente para cada um dar a sua quota de ajuda a esta instituição. A acção teve como objectivo sensibilizar a população portuguesa para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, compromisso muitas vezes olvidado.
Cerca de 10% dos lucros de bilheteira, proporcionados pelo pequeno gesto que muitos realizaram na passada sexta-feira, reverterá a favor da Amnistia Internacional. Segundo o comunicado publicado por esta instituição no seu sitio oficial na Internet, onde é feita uma retrospectiva histórica que remonta às atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial e à posterior formulação da Declaração dos Direitos Humanos, está à vista de todos que “tantos anos depois ainda se praticam atrocidades em todas as regiões do mundo”.
A escolha da época natalícia para a realização desta campanha não foi casual. Esta quadra festiva que se aproxima traz consigo um substancial aumento do consumismo e, consequentemente, uma muito maior afluência da população aos shoppings de todo o país, onde se situam a grande maioria das salas de cinema. Na opinião dos representantes da Secção Portuguesa da Amnistia, este foi um momento importante para os cidadãos lusos “fazer a diferença” e mostrarem a sua senibilidade em relação “aos direitos humanos”.
O papel dos Cinemas Millenium e Socorama – Castelo Lopes S.A. também não foi esquecido pela entidade organizadora, a qual admitiu que esta iniciativa só foi possível “graças à generosa colaboração” das duas empresas.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Tom Hanks decifra “O Código Da Vinci”



Está confirmada a adaptação para cinema do livro “The Da Vinci Code”- O Código Da Vinci de Dan Brown, assim como, a participação do conceituado actor, Tom Hanks. A estreia está marcada para 19 de Maio de 2006.

O actor duas vezes “oscarizado” Tom Hanks venceu a competição de George Clooney, Hugh Jackman e Russel Crowe para interpretar o professor de Harvard, Robert Langdon, que nos dias de hoje, leva a cabo a tarefa de encontrar o Cálice Sagrado- o Santo Graal.
A película será realizada por Ron Howard, que já tinha trabalhado com Hanks em “Splash – A Sereia” (1984) e em “Apollo 13” (1995). No entanto, a produção estará a cargo de Brian Grazer, que com Howard, já assinou grandes sucessos como “Uma Mente Brilhante” (2001) e “Grinch”. Akiva Goldman será responsável pelo argumento, o qual, os estúdios da Columbia pretendem que seja mais fiel possível à história original.

Ainda por confirmar está a participação da favorita Julie Delpy (“Before Sunset –Antes do Anoitecer”), no desempenho da criptologista francesa Sophie Neveu, que conjuntamente com o professor Langdon solucionará o mistério da morte de um administrador do Louvre. Todavia, Audrey Tatou de (“Amélie”), Ludivine Sagnier (“Swimming Pool”, “Oito Mulheres”) e Virginie Ledoyen (“The Beach”), também se encontram na corrida pelo principal papel feminino.

O romance de Dan Brown já vendeu mais de 20 milhões de exemplares em todo o mundo, permanecendo 87 semanas no topo da lista dos livros mais vendidos do jornal New York Times. Publicado em 2003, este best-seller provocou escândalo e suscitou duras críticas por parte de entidades religiosas católicas, visto que, a sua história gira em torno de uma conspiração que esconde a “certeza” segundo a qual Jesus Cristo manteve um relacionamento com Maria Madalena, de quem tivera um filho.

Prevê-se que seja uma produção de grande sucesso, já que a companhia cinematográfica Sony Pictures pagou cerca de 6 milhões de dólares pelos direitos da obra de Brown, sendo este o maior valor pago por um livro, desde as adaptações da série ''Harry Potter'', da escritora britânica J.K. Rowlland.


Vem aí o “Expresso Polar”



Depois de trabalharem juntos em “Forrest Gump” e “Cast Away”, Robert Zemeckis e Tom Hanks voltam a unir-se, desta vez para algo bem diferente: “Polar Express”, uma mega produção animada que promete ser o filme deste Natal.

Chega hoje às salas de cinema portuguesas “Polar Express", um sério candidato a melhor filme de animação do ano. Esta película, baseada num conto natalício escrito por Chris Van Allsburg, está cotada como uma das mais caras produções de 2004 (cerca de 150 milhões de dólares), tendo um orçamento ao nível do épico “Alexandre – O Grande” de Oliver Stone.
A Sony Pictures Imageworks ajuda a dar vida a esta história através de animação gerada por computador, que utiliza a próxima geração de tecnologia de captura de movimento. A "dobragem" da captura de movimentos permite que o desempenho dos actores de carne e osso, gestos e emoções, sejam reproduzidos nos personagens digitais. Para além disso, as vozes de Tom hanks e Chirs Coppola, entre outras, conferem um toque de classe à obra de Zemeckis.
“Polar Express” relata a história de um rapaz de 8 anos e todas as suas dúvidas em relação à existência do Pai Natal. Exactamente na véspera natalícia, uma misteriosa locomotiva leva o pequeno rapaz para uma viagem inesquecível, com inúmeras peripécias. O maquinista, na voz de Tom Hanks e com uma impressionante semelhança física ao actor, conduz um comboio cheio de crianças até ao Pólo Norte, viagem durante a qual apenas aqueles que realmente acreditam no Pai Natal receberão a mais extraordinária de todas as prendas.
A crítica norte-americana tem sido bastante positiva em relação a este filme, uma vez que nele tudo é feito para o deleite e encantamento do seu verdadeiro público: as crianças. “Polar Express” deixa um pouco de lado o humor complexo de “Monsters Inc.” ou “Ice Age”, muitas vezes incompreensível para os mais pequenos, e distingue-se pela magia conferida a cada cena, onde tudo parece tão fictício e, ao mesmo tempo, tão real.
O “Expresso Polar” está a chegar e dá garantias de vender milhões de bilhetes para uma alucinante expedição pelo mundo da fantasia. O próximo apeadeiro da mais conhecida locomotiva deste Natal é em Portugal e, para os mais curiosos, a jornada pode começar imediatamente, através de uma visita ao sítio oficial do filme.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Rita Blanco é homenageada em Santa Maria da Feira

Começou ontem na biblioteca municipal da cidade, a oitava edição do Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira. Na próxima quarta-feira, será exibido o filme “Noite Escura”, de João Canijo, que conta com Rita Blanco num dos principais papéis. O filme será seguido de uma cerimónia em homenagem à actriz que, segundo a organização, “tem incorporado algumas das personagens mais marcantes do cinema português". Para Américo Santos, director do Cineclube da Feira e organizador do evento, o principal objectivo, em relação à actriz, é “homenagear o seu trabalho fabuloso, mas também a sua personalidade".
Este ano, o festival aposta na criação de “laboratórios” para mostrar projectos cinematográficos que ainda estão a ser desenvolvidos ou em fase de finalização para, de alguma forma, captar o interesse de parcerias, patrocínios ou mecenas.
Todavia, o objectivo central do festival mantém-se intacto, isto é, "reconciliação do público com o cinema português" e facilitação à entrada do cinema brasileiro no nosso país continuam a ser finalidade deste acontecimento.
Ontem, às 22h00 teve início este festival feirense, com a exibição do filme “Contra Todos”, do brasileiro Roberto Moreira, vencedor no Festival do Rio de 2004. Prevê-se que sejam apresentados 70 filmes, com a presença dos realizadores, actores e técnicos.
Do júri fazem parte, o já citado, João Canijo, Cláudia Tomaz, Inês Oliveira, Paulo Halm e Eliane Caffé.
O festival está a decorrer desde ontem e prolongar-se-á até ao próximo dia 12, terminando com a entrega de prémios e a apresentação do filme "O Caminho das Nuvens", do brasileiro Vicente Amorim, a partir das 22h00.

Fonte:
http://cinecartaz.publico.clix.pt

O “Herói” no Festival de Sundance



O “Herói” de Zézé Gamboa foi um dos filmes seleccionados pelo festival de cinema independente de Sundance, nos Estados Unidos, na categoria "World Cinema Narrative". Este filme é fruto de uma co-produção entre Portugal, Angola e França e constitui a primeira longa-metragem do realizador luso-angolano. Conta a história de Vitório, um homem que combateu, desde os 15 anos, pelo exército angolano. Na sua última missão é atingido por estilhaços de uma mina e vê a sua perna ser amputada. Após meses de espera, consegue uma prótese que lhe é roubada mais tarde. Só lhe resta o apoio de uma prostituta, Judith, de Manu e a sua professora Joana. Este filme conta com as participações das actrizes brasileiras Maria Ceiça e Neusa Borges.
Zézé Gamboa nasceu em Luanda, Angola, e em 1991 realizou o seu primeiro documentário “Mopiopio”. Após uma larga experiência em engenharia de som em produções francesas e portuguesas, Gamboa realiza o seu primeiro filme de ficção, valendo-lhe uma nomeação para a 24.ª edição do Festival de Sundance, evento criado e patrocinado por Robert Redford.
O festival terá lugar em Park City, Utah, Estados Unidos, entre 20 e 30 de Janeiro do próximo ano.


Fonte: http://www.ICAM.pt

“Alexandre, o Grande”?



Já estreou nas salas de cinema o novo filme de Oliver Stone. “Alexandre, o Grande” conta nos principais papéis com Colin Farrell, Angelina Jolie, Val Kilmer e Anthony Hopkins.
Depois do controverso “JFK” e “Nascido a 4 de Julho”, Oliver Stone mostra nesta película a história do lendário guerreiro que, com apenas 25 anos, já tinha conquistado 90% do mundo até aí conhecido. Este épico retrata a vida, as paixões, as relações tumultuosas (supostamente homossexuais), as vitórias e as lutas sanguinárias do rei da Macedónia, conquistador do Império Persa e exímio líder militar. Foi através do seu génio bélico e, acima de tudo, dos seus ideais, transmitidos pelo seu pai, o rei Filipe, que Alexandre pugnou por um império e conquistou o mundo. Alexandre foi, neste sentido, segundo muitos autores, um visionário, cujos sonhos e feitos contribuíram para formar o mundo que hoje conhecemos.
Contudo, apesar da expectativa com que era aguardado, as críticas americanas não se fizeram esperar, deixando transparecer uma certa desilusão com o filme. Muitas das críticas recaíram sobre o desempenho de Colin Farrell, acusando-o de falta de expressividade dramática e de aparecer com um cabelo demasiado falso. O sotaque de Angelina Jolie também foi apontado como um ponto fraco da história. Apesar das emocionantes cenas de batalhas e de ter cenários e um guarda-roupa arrojados, o filme foi considerado, acima de tudo, muito longo (173 minutos), aborrecido, com um argumento pueril, trama confusa e actuações fora de tom, deixando a sensação de esbanjamento de meios, de tempo e de engenho. Oliver Stone já reagiu às criticas e disse que esperava uma melhor recepção na Europa, àquele que se diz ser um sério candidato aos Óscares.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Filme de Jayme Monjardim indicado a Óscar 2005



“Olga”- a primeira longa metragem do brasileiro Jayme Monjardim, está indicada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para concorrer ao Óscar 2005- na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Baseada na biografia homónima do jornalista e escritor Fernando Morais, esta película conta a história de Olga Benário, uma judia comunista e mulher de Luís Carlos Prestes, um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro, que foi extraditada e enviada, grávida de sete meses, para um campo de concentração alemão, onde acabaria por ser executada.

Inicialmente uma parte de “Olga” seria filmada em terras alemãs, nomeadamente as cenas concernentes aos campos de concentração, contudo, os ajustes com o país não resultaram em bem. Consequentemente, produzido na sua totalidade no Brasil e tendo por base um investimento de cerca de 2,2 milhões de euros, esta cinematografia, tem a actriz Camila Morgato no papel de Olga e Caco Ciocler como Luiz Prestes, contando ainda com o desempenho de Fernanda Montenegro na personagem Anita Leocádia, mãe de Prestes.

Monjardim assegura, mais uma vez, a presença brasileira num dos maiores eventos do cinema, já que no ano passado, o filme “Carandiru” de Hector Barbenco, foi seleccionado para representar o Brasil, bem como a “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles apontado pela academia, nas categorias de Melhor Direcção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia.


Fonte:
http://www.estadao.com.br/divirtase/noticias/2004/set/21/131.htm