Realizador holandês Theo van Gogh foi assassinado
O cineasta holandês, Theo van Gogh, foi assassinado, na passada terça feira (02/11/2004), em Amesterdão. O controverso realizador morreu esfaqueado e vítima de vários tiros, diante de um escritório do governo holandês.
No âmbito do inquérito deste homicídio, a polícia prendeu, 24 horas depois, oito suspeitos de origem norte-africana, suspeitos da prática de actividades terroristas. O presumível assassino, dado a conhecer pela imprensa como Mohammed B, mantinha contacto com estas pessoas e operava junto de um grupo de radicais islâmicos. Van Gogh era autor de trabalhos bastante polémicos, nomeadamente, a sua última curta-metragem sobre o Islamismo.
Theo van Gogh, de 47 anos, realizou uma vintena de filmes, escreveu três livros e era colaborador de jornais e revistas. O cronista era convidado regularmente a dar as suas opiniões, sempre polémicas, em programas de televisão.
O realizador tinha acabado a rodagem o filme 0605, sobre o assassinato do líder populista holandês, Pim Fortuyn, poucos dias antes de ir a eleições.
Na sequência das suas críticas ao tratamento feito às mulheres na sociedade muçulmana, o cineasta realizou Submission, ainda este ano. Depois deste filme ter vindo a público, Van Gogh, terá recebido ameaças de morte, obrigando-o a andar com protecção policial, que ele tentava sempre despistar.
As autoridades holandesas provavelmente irão investigar se este filme terá alguma relação com a morte do realizador.
"Submission"
Submission é uma curta-metragem de dez minutos onde está bem patente a violência praticada contra as mulheres muçulmanas. O argumento é de Ayaan Hirsi Ali, uma parlamentar liberal holandesa de origem somali, que renunciou ao islamismo, a sua religião de nascimento. Desde Agosto, quando o filme foi emitido na Holanda, que Ayaan vive acompanhada por um segurança, porque também foi ameaçada de morte.
Este filme denuncia os abusos que as mulheres muçulmanas sofrem diariamente. Incesto, casamentos forçados, suicídios de jovens imigrantes islâmicas, violações e a constante submissão das mulheres em relação aos homens são alguns dos actos violentos que aparecem retratados no filme.
Uma das razões que contribuiu para aumentar a controvérsia desta curta-metragem foi o facto de aparecerem versos do Al-Corão, escritos nos corpos das mulheres. Esses versos afirmavam que um homem pode utilizar a sua mulher quando, onde e como quiser, se isso for uma ordem de Deus.
Parlamento holandês vai debater o homicídio
A morte de Theo van Gogh despoletou um grande debate nos países baixos. No parlamento, alguns dirigentes políticos vão questionar o Governo, amanhã, dia em que Van Gogh será cremado, acerca da segurança no país. Vai ser discutida também a questão dos serviços de informação. Estes, segundo Jozias van Aartesn, dirigente dos liberais (VVD), não estiveram suficientemente atentos, pois deixaram que o autor do crime vivesse calmamente no seio da sociedade holandesa.
Confrontados com esta situação, muitos holandeses consideram que o fundamentalismo islâmico espalhou-se progressivamente no país, sem que o Governo desse por isso.
No âmbito do inquérito deste homicídio, a polícia prendeu, 24 horas depois, oito suspeitos de origem norte-africana, suspeitos da prática de actividades terroristas. O presumível assassino, dado a conhecer pela imprensa como Mohammed B, mantinha contacto com estas pessoas e operava junto de um grupo de radicais islâmicos. Van Gogh era autor de trabalhos bastante polémicos, nomeadamente, a sua última curta-metragem sobre o Islamismo.
Theo van Gogh, de 47 anos, realizou uma vintena de filmes, escreveu três livros e era colaborador de jornais e revistas. O cronista era convidado regularmente a dar as suas opiniões, sempre polémicas, em programas de televisão.
O realizador tinha acabado a rodagem o filme 0605, sobre o assassinato do líder populista holandês, Pim Fortuyn, poucos dias antes de ir a eleições.
Na sequência das suas críticas ao tratamento feito às mulheres na sociedade muçulmana, o cineasta realizou Submission, ainda este ano. Depois deste filme ter vindo a público, Van Gogh, terá recebido ameaças de morte, obrigando-o a andar com protecção policial, que ele tentava sempre despistar.
As autoridades holandesas provavelmente irão investigar se este filme terá alguma relação com a morte do realizador.
"Submission"
Submission é uma curta-metragem de dez minutos onde está bem patente a violência praticada contra as mulheres muçulmanas. O argumento é de Ayaan Hirsi Ali, uma parlamentar liberal holandesa de origem somali, que renunciou ao islamismo, a sua religião de nascimento. Desde Agosto, quando o filme foi emitido na Holanda, que Ayaan vive acompanhada por um segurança, porque também foi ameaçada de morte.
Este filme denuncia os abusos que as mulheres muçulmanas sofrem diariamente. Incesto, casamentos forçados, suicídios de jovens imigrantes islâmicas, violações e a constante submissão das mulheres em relação aos homens são alguns dos actos violentos que aparecem retratados no filme.
Uma das razões que contribuiu para aumentar a controvérsia desta curta-metragem foi o facto de aparecerem versos do Al-Corão, escritos nos corpos das mulheres. Esses versos afirmavam que um homem pode utilizar a sua mulher quando, onde e como quiser, se isso for uma ordem de Deus.
Parlamento holandês vai debater o homicídio
A morte de Theo van Gogh despoletou um grande debate nos países baixos. No parlamento, alguns dirigentes políticos vão questionar o Governo, amanhã, dia em que Van Gogh será cremado, acerca da segurança no país. Vai ser discutida também a questão dos serviços de informação. Estes, segundo Jozias van Aartesn, dirigente dos liberais (VVD), não estiveram suficientemente atentos, pois deixaram que o autor do crime vivesse calmamente no seio da sociedade holandesa.
Confrontados com esta situação, muitos holandeses consideram que o fundamentalismo islâmico espalhou-se progressivamente no país, sem que o Governo desse por isso.
1 Comments:
Em primeiro lugar quero dizer-lhes que têm um blog muito giro, interessante e atractivo.
Em segundo lugar, e relativamente ao artigo que escreveste, é impressionante a questão da liberdade. A pressão vem sempre de vários lados, de diversas formas. Foi precisamente o que sucedeu a Van Gogh. Por um lado, a crítica ao seu trabalho foi sempre muita e por vezes de forma rude, por outro lado, o seu à vontade para tratar tais assuntos levou-o à morte!
Há um filme muito interessante sobre uma jornalista irlandesa (caso verídico), que, tal como Van Gogh, também gostava de mostrar as coisas tal qual elas são. Da mesma forma, a jornalista também foi assassinada por um grupo de traficantes de droga. Desculpem não me lembrar do filme, mas é recente. Se estiverem interessados tentem a BlockBuster. Apenas me lembro que o filme tem o nome da jornalista.
Continuem assim!
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