Moore não desiste
Depois das eleições norte-americanas em que George W. Bush foi reeleito, Michael Moore quer começar já a preparar a sequela de “Fahrenheit 9\11”, um dos filmes mais polémico da actualidade
Se tudo decorrer sem contratempos, dentro de sensivelmente três anos chegará às salas de cinema a sequela de “Fahrenheit 9\11”, o polémico filme da autoria de Michael Moore.
O realizador encontra-se actualmente a negociar, com os estúdios Miramax, os pormenores referentes à viabilidade do projecto. No entanto, e tendo em conta o enorme sucesso que teve a primeira película (Palma de Ouro no Festival de Cannes), prevê-se que não seja posto qualquer entrave aos intentos do cineasta norte-americano.
Sendo Michael Moore um dos principais críticos da administração Bush, não admira que o resultado das últimas eleições presidenciais, que corroboraram a confiança do povo americano em George W. Bush, colocando-o à frente do país por mais quatro anos, tenha sido do seu desagrado. Em entrevista à revista “Hollywood Daily Variety”, quando confrontado com esta situação, Moore só encontra uma explicação: "Cinquenta e um por cento do povo americano está mal informado (…), não lhes foi dita a verdade”.Os temas centrais de “Fahrenheit 9/11 ½” (nome que, em princípio, terá a sequela), serão em tudo semelhantes aos do primeiro filme. A administração Bush, a luta contra o terrorismo e, particularmente, a guerra no Iraque, ocuparão grande parte do argumento da obra, uma vez que Michael Moore não pretende baixar o tom das suas críticas ao Governo republicano dos Estados Unidos da América.
Entretanto, Moore está também a desenvolver um projecto sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos da América. Deste trabalho deverá resultar um documentário intitulado “Sicko”, destinado a denunciar as falhas existentes nas estruturas médicas daquele país.